O bispo catalão Pere Casaldáliga, conhecido
por Pedro Casaldáliga, “bispo do povo” ou “bispo vermelho”, consoante o ponto
de vista, um dos principais representantes da Teologia da Libertação da América
Latina, enfraquecido por anos de Parkinson, aos 92 anos, não sobreviveu a
problemas respiratórios.
Diversos personagens não hesitaram em louvar o
bispo representante da esquerda, como por exemplo os ex-presidentes Dilma
Rousseff e Lula, que teceram grandes elogios em suas redes sociais por ocasião
da morte do bispo.
Opositor do regime, dos grandes proprietários
de terras e até do Vaticano, sempre exaltou os trabalhadores sem terra e os
povos indígenas. “Nesta terra é fácil nascer e morrer, mas é difícil viver”,
disse o prelado à AFP em 2012.
Em 1988, questionado num programa de TV, Roda
Viva, que medidas tomaria se fosse nomeado Papa, mostrou o seu sentido de
humor: “Nem o Espírito Santo nem os cardeais vão cair nessa.”
Certa vez o famoso bispo disse: “Só há dois
absolutos: Deus e a fome.”
Em 1998, Pedro Casaldáliga foi chamado a Roma,
onde foi interrogado e corrigido pelo então prefeito da Congregação para a
Doutrina da Fé, o cardeal Joseph Ratzinger, que sete anos depois se tornou no
Papa Bento XVI.
No final de julho, assinou com 152 outros
bispos brasileiros uma crítica aberta ao presidente Jair Bolsonaro,
utilizando-se para tal de narrativas que não condizem com a realidade dos
fatos.
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Templário de Maria
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