terça-feira, 25 de agosto de 2020

Homem exerceu o sacerdócio por 3 anos até descobrir que não era batizado



Se você pensa que é um sacerdote e realmente não é, você tem um problema. E muitas outras pessoas também. Os batismos que você realizou seriam batismos válidos, mas as crismas não. As Missas que você celebrou não foram válidas, nem as absolvições, nem as unções.

E quanto aos matrimônios? É complicado. Alguns sim, outros não. Depende da papelada, acredite se quiser.

Pe. Matthew Hood, da Arquidiocese de Detroit, nos Estados Unidos, aprendeu tudo isso da maneira mais difícil.

Ele achava que havia sido ordenado sacerdote em 2017. Estava exercendo o sacerdócio desde então.

E então, neste verão, percebeu que não era padre. Na verdade, descobriu que nem sequer havia sido batizado.

Para ser sacerdote, é necessário primeiro se tornar diácono. Para ser diácono, primeiro a pessoa precisa ser batizada. Se não foi batizada, então não pode ser diácono, muito menos se ordenar sacerdote.

Obviamente, o Pe. Hood pensou que havia sido batizado quando bebê. Mas, neste mês, leu uma notificação recentemente emitida pela Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano. O documento indicava que mudar as palavras do batismo de certas maneiras o torna inválido.

Por exemplo, se a pessoa que realiza o batismo disser “Nós te batizamos em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” em vez de “Eu te batizo...”, o batismo é inválido.

Pe. Hood recordou que tinha visto um vídeo de seu próprio batismo. E lembrou que o diácono Springer disse naquela ocasião "Nós te batizamos...".

Seu batismo não era válido. 

A Igreja presume que um sacramento é válido, a menos que haja provas do contrário. Poderia ter presumido que o Padre Hood tinha sido batizado validamente, mas ele havia visto um vídeo que mostrava o contrário.

Pe. Hood ligou para sua arquidiocese. Precisava ser ordenado. Mas primeiro, após três anos agindo como um sacerdote e se sentindo como um sacerdote, ele precisava converter-se em católico. Precisava ser batizado.

Rapidamente foi batizado, crismado e recebeu a Eucaristia. Fez um retiro. Foi ordenado diácono. E em 17 de agosto, Matthew Hood finalmente tornou-se sacerdote. Desta vez de verdade.

Por sua vez, a Arquidiocese de Detroit indicou que soube pela primeira vez que o diácono Springer estava usando uma fórmula não autorizada para batizar em 1999. Nesta ocasião, o diácono foi instruído a parar de se desviar dos textos litúrgicos.

Neste momento, a Arquidiocese considerava que, embora ilícitos, os batismos que Springer havia realizado eram válidos. Isso mudou com a notificação emitida pelo Vaticano no início de agosto deste ano.

O diácono agora está aposentado "e não está mais no ministério ativo", disse a Arquidiocese.

Acredita-se que não há outros sacerdotes em Detroit que tenham sido batizados de forma inválida, acrescentou.

E o que dizer do Padre Hood, recém-batizado e recém-ordenado? Depois das dificuldades que começaram com a “inovação” litúrgica de um diácono, o Pe. Hood agora está servindo em uma paróquia que tem o nome em homenagem a um santo diácono, São Lourenço: St. Lawrence Parish em Utica, estado de Michigan.
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Publicado originalmente em CNA.
Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Disponível em: ACI Digital

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