sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Adolescente cristã paquistanesa, sequestrada e forçada ao casamento, cai em lágrimas após juiz decidir mantê-la “casada” e “convertida” ao islã



Uma adolescente cristã paquistanesa começou a chorar depois de ouvir a decisão do juiz de que seu casamento forçado seria mantido e também a sua “conversão” ao islamismo.

Maira Shahbaz e sua família dizem que ela foi sequestrada à mão armada, em abril, por um homem muçulmano, Mohamad Nakash, e forçada a se casar com ele. Mais tarde, em julho, um imã local emitiu um decreto chamando o casamento de inválido, e Maira acabou sendo autorizada a viver em um abrigo para mulheres até que um processo judicial sobre seu sequestro e casamento fosse resolvido.

De acordo com o Breitbart, quando a família de Maira relatou seu sequestro, Nakash mostrou às autoridades uma “certidão de casamento” de seis meses antes do sequestro e declarou que a menina tinha 19 anos. Sua família apresentou uma certidão de nascimento provando que ela tem apenas 14 anos – ainda assim o juiz decidiu a favor de Nakash.

Se sua decisão não for anulada, a garota será legalmente obrigada a deixar o abrigo e retornar ao casamento escravizado. 

Tragicamente, o caso de Maira não é incomum no Paquistão.

Outra adolescente cristã paquistanesa que foi sequestrada, forçada a se converter ao islamismo e se casar com um de seus sequestradores no ano passado, agora está grávida e permanece confinada em um quarto, segundo o advogado da família.

Tabassum Yousaf, um advogado que representa os pais de Huma Younus, de 15 anos, disse à instituição de caridade Aid to the Church in Need – ACN (Ajuda à Igreja que Sofre) que Huma conversou com seus pais recentemente por telefone, informando-os de que ficou grávida após repetidas agressões sexuais.

Em fevereiro passado, um tribunal superior do Paquistão proferiu uma decisão baseada na lei islâmica “sharia” que dizia que os homens no Paquistão podem se casar com meninas menores de idade, desde que tenham seu primeiro ciclo menstrual. A decisão veio durante a última audiência do caso de sequestro de Huma.

Naquela época, a International Christian Concern (ICC), um grupo de vigilância contra a perseguição cristã, relatou que a decisão estava em oposição direta à Lei de Restrição do Casamento Infantil ‘Sindh’, que proíbe o casamento com menos de 18 anos.

Os críticos dizem que a ‘Lei Sindh’ foi aprovada apenas para que o mundo exterior acreditasse que o Paquistão estava se movendo na direção certa para proteger as crianças, mas dentro do país, jovens cristãs e hindus ainda são forçadas a “se casar” com homens muçulmanos.
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