Capela da Catedral de Manágua que sofreu um ataque em 31 de julho de 2020. Crédito: Javier Ruiz - Arquidiocese de Manágua |
O Vigário-Geral da Arquidiocese de Manágua,
Mons. Carlos Avilés, pediu orações pela Nicarágua frente ao ataque à catedral e
destacou que a Igreja no país está sofrendo uma perseguição aberta pelo Governo
de Daniel Ortega.
Em 31 de julho, uma pessoa não identificada entrou
em uma das capelas da Catedral de Manágua e lançou uma bomba molotov que causou
um incêndio e destruiu o sacrário e a imagem do Sangue de Cristo.
Em uma entrevista com EWTN Notícias, Mons.
Avilés indicou que não se sabe especificamente quem foi o responsável pelo
ataque, “mas já tivemos vários atos de vandalismo em outras capelas
recentemente, o que indica que existe um plano orquestrado".
Um desses ataques foi realizado contra a
capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no município de Nindirí, em Masaya,
na quarta-feira, 29 de julho. Os desconhecidos roubaram a custódia e o cibório,
quebraram imagens, pisotearam as hóstias e fizeram outros estragos.
Mons. Avilés assinalou que "os únicos que
ameaçaram foi o Governo, eles falaram publicamente contra os bispos, que são
'terroristas', que são 'golpistas' e criticam a Igreja".
"Denunciamos a nível nacional e
internacional a ação irracional do Governo de reprimir violentamente e de não
aproveitar a ajuda humanitária que a Igreja oferece”, indicou.
Além disso, o Prelado ressaltou que "há
uma perseguição declarada, uma perseguição aberta contra a Igreja", que se
reflete claramente em atos como a presença da polícia nos templos para
registrar as placas dos carros das pessoas que participam da Missa.
Outro exemplo claro é o tratamento de
"Pe. Román, que apoiou algumas mães em greve, praticamente fecharam um
quarteirão ao redor da paróquia, cortaram a luz, cortaram a água, e assim
mantiveram algumas semanas”, assinalou.
Mons. Avilés indicou que "o governo vê
tudo em uma nuance política, acreditando que nós queremos ter poder, ou mais
propaganda, ou quem sabe o que eles pensarão" e enfatizou que a verdade
transmitida pela mensagem da Igreja incomoda as autoridades da País.
"Incomoda-os que a Igreja esteja dizendo
a verdade, incomoda-os que a Igreja seja pacífica, incomoda-os que a Igreja
esteja defendendo os direitos mais básicos das pessoas", enfatizou.
"Isso resultou nessa perseguição contra a Igreja, mas vamos seguir em
frente", concluiu.
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Publicado originalmente em ACI Prensa.
Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
ACI Digital
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