domingo, 16 de junho de 2019

Estudo mostra que os Cristãos são os mais perseguidos no mundo e está chegando quase em níveis de um genocídio


A perseguição contra cristãos no mundo está chegando quase aos níveis de um genocídio, segundo um novo estudo publicado por um instituto que observa a violência contra os cristãos em todo o mundo.

O estudo foi encomendado pelo Secretário de Estado para Assuntos Externos do Reino Unido, Jeremy Hunt.

Na análise, liderada pelo Bispo de Truro, o Reverendo Philip Mounstephen, descobriu que uma a cada três pessoas sofrem com a perseguição religiosa de forma global, sendo 80% deles Cristãos e seguidores de Jesus Cristo.

A pesquisa mostra “consistentemente” que os Cristãos são os mais perseguidos no mundo inteiro. O Bispo ainda afirmou:

    “O politicamente correto tem uma responsabilidade nisso”

O documento que ainda não foi finalizado, define perseguição como “tratamento discriminatório podendo ser acompanhando com a percepção ou não de ameaças de violência ou outras coerções”.

No Oriente Médio e no Norte da África, o estudo afirma que a severidade da perseguição contra Cristãos chega bastante próximo ao que a ONU define como genocídio.

O primeiro fato a ser notado foi o massivo êxodo de Cristãos desses países. Na Síria, a população saiu de 1.7 milhão em 2011 para 450 mil em 2019. No Iraque, o número de Cristãos despencou drasticamente, de 1.5 milhão em 2003 para menos de 130 mil hoje.

Segundo o Bispo:

    “Considerando a escala de perseguição dos Cristãos hoje no mundo, as indicações mostram que a situação está piorando e o impacto que envolve a dizimação de certos grupos religiosos, faz necessário com que o governo dê prioridade específica para tais grupos para apoiar a sua fé, em caráter de urgência”

A análise aqui demonstrada não é a única a apontar os mesmos dados. Em 2016, o instituto Pew Research, mostrou que os Cristãos eram perseguidos em pelo menos 144 países, saindo de 19 para 215 em 2015.

A organização não-governamental “Open Doors” também publicou neste ano, que “aproximadamente 245 milhões de Cristãos vivendo nos 50 maiores países do mundo, sofreram altos níveis de perseguição”. A ONG ainda afirmou que o número de países classificados como “extremos níveis” de perseguição saíram de 1 para 11, incluindo a Coreia do Norte.

A população cristã no mundo declinou no último século, de 20% para menos que 4% nos países do Oriente Médio e do Norte da África. A informação é que as cidades tiveram falhas políticas, um aumento considerável no conservadorismo religioso, primariamente muçulmana e o crescimento do radicalismo islâmico pelos militantes.

No Sul da Ásia, o estudo mostra que a perseguição contra cristãos aumentou devido ao crescimento do militarismo nacionalista. Partidos políticos no Paquistão, Índia e Sri Lanka, estão adotando militantes religiosos para aumentar o populismo nas bases eleitorais.

Em 2017, o Sri Lanka, com sua maioria budista, experimentou um aumento de ataques contra Cristãos e muçulmanos, com 97 episódios de violência registrados no ano. Na Índia, a perseguição aumentou consideravelmente desde que o partido Nacionalista Hindu, liderado pelo Primeiro Ministro Narendra Modi entrou no poder em 2014. Os ataques dobraram, de 358 em 2016 para 736 em 2017.

Imagem foi divulgada mostrando os dados da liberdade religiosa no Sul da Ásia.
 
Na África subsaariana, apesar da região ser em sua maioria Cristã, a perseguição aumentou em vários países da borda sul do deserto do Saara, com conflitos entre muçulmanos e cristãos.

O maior caso de perseguição na região vem pelo grupo terrorista islâmico Boko Haram na Nigéria, braço do ISIS. O grupo afirma que seu objetivo é “eliminar o Cristianismo e construir uma nação totalmente islâmica na região”. Em 2015, forças de inteligência dos Estados Unidos afirmam que 200 mil Cristãos estão correndo o risco de serem eliminados pelo Boko Haram.

Em Maiduguri, uma cidade no nordeste da Nigéria, uma pesquisa feita pela Igreja Católica, mostrou que os massacres promovidos pelos islamistas criou “5 mil viúvas e 15 mil órfãos, resultando em ataques contra 200 igrejas e capelas”.

Na China comunista, o ataque contra o Cristianismo também está aumentando, segundo o estudo do Bispo de Truro:

    “Quando se trata dos cidadãos chineses, a ideologia comunista e as políticas nacionalistas levaram o país a perseguir a Igreja Católica em diferentes maneiras. O Partido Comunista têm tentado historicamente a limitar as liberdades religiosas na sociedade chinesa, mantendo uma rédea bastante curta para se manter no poder. Nos últimos anos, o Presidente Xi vem tentando controlar a Igreja. Como parte disso, o estado chinês vem se infiltrando nas igrejas para promover uma espécie de “guia” para elas se adaptarem ao socialismo do país, com uma nova lei vigente desde fevereiro de 2018, permitindo que o estado monitore e controle organizações religiosas”

A perseguição dos Cristãos na China muitas vezes é discreta, de forma sutil, onde os líderes religiosos são presos ou acusados de fraude contra a Receita e até encontrando formas de fechar o Ministério.
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Politz

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