Junto com o recém-inaugurado templo de Lúcifer na
Colômbia se uniram uma série de seitas satânicas que se expandiram pela América
Latina e com particular difusão no Peru. A que se deve este fenômeno e como
pode afetar os familiares dos adeptos destas seitas? Esta é a pergunta que o
exorcista espanhol José Antonio Fortea responde na nossa matéria.
No dia 30 de janeiro o encarte “Somos” do diário
peruano El Comércio publicou imagens e declarações recolhidas durante uma
sessão da autodenominada “igreja maior de Lúcifer” (IML). O grupo se teria
estabelecido no Peru no fim do ano passado.
“Eu sou o centro da Encruzilhada, o X, o eixo
dentro do redemoinho do caos e da escuridão”, pronunciaram os adeptos da seita
durante a sessão satânica, conforme reportou a revista. Os participantes
estavam vestidos de negro com diversos amuletos de estrelas de cinco pontas e
figuras demoníacas.
A IML, criada na véspera do Halloween de 2015 em
Old Spring Town, Texas (Estados Unidos), assegura ter atualmente sedes em
outros países da América Latina como a Argentina, Colômbia, Costa Rica,
Equador, México e Paraguai.
Em sua página do Facebook, os satanistas sustentam
que “‘Lúcifer’ significa ‘portador da luz’, e esta luz é o conhecimento
libertador que pode converter o ser humano em um deus”.
Em declarações ao grupo ACI, o Pe. Fortea indicou
que “a ideia de que Lúcifer é um ser de luz não é nova. Entretanto, embora seus
adeptos insistam em repetir tal coisa, representam-no como um ser de escuridão,
maléfico e de sentimentos completamente tenebrosos”.
“Nem eles mesmos se acreditam nisso de que este ser
seja um semeador da luz. Afirmam que é luz, mas o pintam do modo mais sinistro
possível”, destacou.
O exorcista espanhol lamentou que “em nossa
geração, cada vez mais afastada de Deus, vai aumentando o número de insensatos
que se dirigem conscientemente para um caminho de plena escuridão”.
“O problema é a sociedade sem Deus que vai se
estendendo por todo o planeta. Uma imensa sociedade sem religião cada dia mais
hostil com os cristãos”, indicou.
Consultado sobre se os familiares e pessoas
próximas aos membros destas seitas devem temer algum dano demoníaco, o
sacerdote explicou que “os pais, irmãos e vizinhos de pessoas adoradoras do
demônio não devem ter medo (dele). O demônio não pode nos fazer o mal que
deseja”.
“Os demônios se pudessem nos causa mais dano, o
fariam. Mas Deus põe barreiras que não podem transpassar”, assinalou.
O Pe. Fortea assegurou que “a oração é sempre
eficaz” para ajudar pessoas que ingressaram em seitas satânicas para que elas
as abandonem.
“As preces que fazemos a Deus e aos santos sempre
chegam ao coração dos seguidores de Satanás”, sublinhou.
Embora é certo que estas pessoas “podem resistir a
estas graças” de Deus, “se eles resistirem, nós podemos insistir”, afirmou.
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ACI Digital
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