A Igreja ensina que se deve rezar
pelos mortos, para que se livrem, o quanto antes, das penas do purgatório (Não
a culpa, pois todo pecado tem como cosequência: A Culpa e a Pena – Portanto o
purgatório não é para a culpa que foi perdoada, mas para as penas que se
instalaram na alma, e precisam ser purificadas para poderem entrar no céu )
DETALHE: Quem está no purgatório
já está com a salvação garantida, pois condenados e réprobos não vão para o Purgatório,
mas para o inferno.
E a justiça de Deus é perfeita,
pois assim está escrito: Mateus 5,26: “Em
verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares até o
último centavo”.
A DOUTRINA SOBRE O PURGATÓRIO É BÍBLICA:
A purificação é necessária para
adentrar ao céu: Hb 12,14; Ap 21,27.
Agonia temporária: 1Cor 3,15; Mt
5,25-26.
Cristo pregou para seres
espirituais: 1Pd 3,19.
É um estado intermediário de
purificação: Mt 5,26; Lc 12,58-59.
É uma realidade entre o céu e a
terra: Mt 18,23-25; Lc 23,42; 2Cor 5,10; Fl 2,10; Ap 5,2-3.23.
Graus de expiação dos pecados: Lc
12,47-48.
Alguns pecados são perdoados e
outros não serão perdoados nem aqui nem no mundo vindouro: Mt 12,32.
Nada de impuro pode entrar no céu: Ap 21,27.
Salvação, mas como pelo fogo:
1Cor 3,15.
Sofrimento extra: 2Sm 12,14; Cl
1,24.
1) A missa de sétimo dia se
fundamenta no texto do livro dos Macabeus, da bíblia SEPTUAGINTA, que foi a
bíblia usada pelos primeiros Cristãos,os apóstolos e o próprio Cristo.Neste
livro deuterocanônico, Judas Macabeu ordena que se façam sacrifícios no Templo
de Jerusalém pelas almas de seus soldados que haviam morrido numa batalha, por
terem pecado levemente contra Deus:
"Santo e salutar pensamento este de orar pelos mortos. Eis porque
ofereceu um sacrifício expiatório pelos defuntos, para que fossem livres dos
seus pecados" (II Mc. 12,41-46).
2) A narração do livro do Gênesis
(2,2), mostra que Deus levou sete dias para criar o mundo e, quanto terminou,
vendo que era bom, perfeito, descansou. Portanto, no paralelismo desta passagem
com a missa do sétimo dia, simboliza que aquela pessoa, após cumprir sua missão
nesta terra, poderá agora também descansar. Observamos que várias destas
referências bíblicas estão relacionadas diretamente com as cerimônias fúnebres
e com os tipos de comportamentos nesta categoria de evento, como, por exemplo,
o ato de chorar, jejuar e fazer penitências, além de lamentações e reações
agressivas. Comportamentos ainda detectáveis nestas ocasiões.
3) Quanto aos relatos bíblicos
sobre os rituais da morte, o livro do Gênesis descreve que quando morreu Jacó,
um dos patriarcas do Antigo Testamento, “fizeram um funeral grandioso e solene
e José guardou por seu pai um luto por sete dias” (Gn, 50,10).
4) O primeiro livro de Samuel
afirma que, por ocasião da morte do rei Saul, seus comparsas guerreiros, numa
cerimônia fúnebre, queimaram seu corpo e depois enterraram os ossos debaixo de
uma árvore, fazendo um jejum de sete dias (1 Sm, 31,13).
5) Outras duas passagens bíblicas
que refere a morte e seus sete dias posteriores estão nos livros de Judite e
Eclesiástico. O primeiro afirma que, quando morreu Judite, a heroína do povo
hebreu, os israelitas fizeram luto por sete dias (Jd 16,24) e o livro do
Eclesiástico afirma que “o luto pelo morto duram sete dias” (Eclo, 22,11).
Dessa maneira, ganha respaldo
bíblico a crença de que é necessário ficar de luto durante sete dias para
eliminar as interferências da morte na vida dos familiares e, com isso, diluir
a dor. A devoção católica convencionou encerrar esse ciclo com a referida
cerimônia, chamada de missa do sétimo dia.
Desse modo, um refinamento do
simbolismo do número sete, adaptado ao costume que se formou em torno dessa
cerimônia fúnebre, confere ao fiel católico a confiança de que seu ente
querido, com a prática desse ritual de oferenda da alma a Deus no sétimo dia da
morte, adentra a uma vida de perfeição.
O costume, em toda a Igreja
Católica, sempre foi o de rezar Missa pelos mortos logo após o seu falecimento,
no mesmo dia do sepultamento. Era a chamada Missa de corpo presente, ou Missa
rezada diante do cadáver da pessoa pela qual se oferecia a Missa.
Aqui no Brasil, se arraigou o
costume de rezar a Missa no sétimo dia após o falecimento, portanto, a missa de
7 dia é um ritual BRASILEIRO, não é uma pratica seguida em outros países, nem
consta do Missal Romano ou do Oficio de Defuntos.
Na liturgia da Igreja usa-se a
missa chamada de corpo presente, que antes se chamava de Requiem, após a qual
se seguia o sepultamento.
O ritual da missa de 7 dia é
exclusivo do Brasil, vem dos tempos coloniais quando não existiam estradas, nem
aviões, nem carros nem ônibus, nem trens, capazes de trazer um parente do
defunto de uma distancia grande até o local do velório.
O Brasil é um país gigantesco,
assim, e dadas as condições climáticas desse país tropical, o defunto é
enterrado no máximo em 24 horas.
Então, para celebrar a memória do morto e para dar tempo de todos os
familiares e amigos que estavam distantes chegarem, marcava-se uma missa uma
semana após o enterro, para que todos pudessem se encontrar, dar os pêsames,
chorar, se confortarem mutuamente e enfim, celebrar a memória do ente querido
que morreu.
Nas primeiras comunidades
cristãs, o dia da morte era chamado de dieis natalis, dia de nascimento para a
vida eterna. A fé na ressurreição era tão firme que o desaparecimento de um
ente querido não deixava as pessoas abatidas. A certeza da vida eterna se
sobrepujava ao sofrimento e à dor pelo vazio experimentado.
Havia uma esperança intensa: A pessoa, parente ou amigo falecido,
estava "viva" porque, mergulhada na Ressurreição de Cristo, tinha
alcançado a comunhão com o Pai. Na ocasião do sepultamento da pessoa falecida,
a comunidade reunida realizava as exéquias, isto é, fazia as orações que
celebravam a esperança cristã na vida eterna, proclamavam a ressurreição de
Jesus Cristo, pediam pela passagem do falecido ao céu e serviam de conforto
para os parentes enlutados.
O ponto central das exéquias era
a Santa Missa. O Catecismo da Igreja Católica, no número 1689, considera a
Eucaristia "o coração da realidade pascal da morte cristã". E,
repetindo as palavras do ritual de exéquias, diz: "Na Eucaristia, a Igreja
expressa sua comunhão eficaz com o finado. Oferecendo ao Pai, no Espírito
Santo, o sacrifício da morte e ressurreição de Cristo, ela pede para que o fiel
falecido seja purificado de seus pecados e de suas consequências e seja
admitido à plenitude pascal do Banquete do Reino".
A celebração eucarística,
portanto, significa não só comunhão com Cristo, mas com o "Corpo
Ressuscitado", isto é, com os que pertencem a Cristo, vivos ou falecidos.
Enquanto para os cristãos a morte
era início de uma vida junto a Deus, para os pagãos ela era o início de uma
viagem para a escuridão. Como provisões para a viagem, eram deixados alimentos
sobre o túmulo dos falecidos.
UMA SÁBIA E OPORTUNA CRISTIANIZAÇÃO DE UM COSTUME PAGÃO
Agora uma surpresa aos
protestantes de plantão: pra você que não acredita na intercessão dos santos
leia com muita atenção a inscrição que se encontra na catacumba de São
Sebastião.
Era costume também entre os povos pagãos preparar um banquete para
recordar os falecidos: Tais banquetes eram realizados no 3º, 7º ou 30º dia após
a morte. A igreja adotou esta última tradição, dando-lhe, é claro, um sentido
espiritual, "cristianizando" a prática. Passou a valorizar a missa no
3º, 7º ou 30º dia após o falecimento do membro da comunidade.
A associação é agora adotada em
função do significado Cristão que o dia tem. A celebração no 3º dia depois da
morte é motivada pela ressurreição de Jesus Cristo ao terceiro dia. A
celebração do 7º dia é associada à criação operada por Deus ao longo de seis
dias, sendo que no sétimo descansou.
"Deus concluiu no sexto dia
a obra que fizera. E no sétimo dia descansou, depois de toda a obra que
fizera", afirma a Bíblia (Gn 2,2). No dia, pois, em que Deus descansou
temos o ensejo de pedir a Deus pela pessoa querida, para que descanse em paz.
No 30º dia ou no aniversário de
um ano de falecimento, não há associações especiais. Simplesmente são datas que
sinalizam a marcha do tempo que vai passando. A saudade, entretanto, está
presente no coração de quem fica, porém, no Livro do Deuteronômio, Capitulo 34
Versos 8 diz:
"Os israelitas choraram Moisés nas planícies durante 30
DIAS".
O que podemos entender que neste
30º dia encerrava-se o "luto" por Moisés, e houve também uma espécie
de celebração fúnebre, portanto, uma tradição bíblica que pode ter servido de
base também a este costume salutar.
No Brasil, a tradição da missa de
7º dia foi se enraizando mais fortemente que em outros paises como meio para
vencer as dificuldades de comunicação a respeito da morte de alguma pessoa da
família e das distâncias para os familiares se fazerem presentes ao enterro. Ao
longo da semana, a notícia do falecimento chegava longe e o povo vinha mostrar
solidariedade por ocasião do 7º dia.
Esse costume vigora ainda hoje
até nas grandes cidades. Esta é a oportunidade para que se reúnam os numerosos
parentes e amigos do falecido. Nem sempre os participantes são pessoas
plenamente conscientes do valor da oração e da eucaristia.
As missas de 7º dia podem e devem se tornar momentos de evangelização
dos católicos que vivem afastados da comunidade. O importante é que o ato não
seja meramente social, mas uma manifestação de fé na ressurreição!
Esse ritual tem estreita ligação
com o luto, porque uma de suas funções é, precisamente, a de delimitar o
período de resguardo depois do ocorrido fatídico, em que sobrevém uma espécie
de transformação na vida da família. Dessa forma, trataremos concomitantemente
desses dois recursos religiosos: a missa do sétimo dia e o luto. A missa, como
parte integrante, e talvez, essencial do luto na tradição católica,
consistindo, portanto, num marco simbólico divisório entre o episódio da morte
e o retorno da normalidade no cotidiano da vida dos familiares.
A missa do sétimo dia tornou um
momento forte de solidariedade social, ocasião em que os parentes, além dos
amigos mais achegados, se reúnem para fazer a entrega definitiva nas mãos de
Deus, daquela pessoa que fora chamada deste mundo. Portanto, afora a devoção e
a crença na acolhida divina, um circulo de relações sociais se forma em volta
desse acontecimento.
O tempo de mandar rezar missas por um falecido (sete dias, mês, seis meses,
anos) e depois disso quando devo mandar rezar? Todo ano, todo mês?
Não há uma quantidade certa de missas que você vai rezar por uma pessoa
falecida. Isto por alguns motivos:
1) Vai depender do estado de
comunhão com Deus ou não e se há pecados veniais não perdoados ou também a
quantidade de penas temporais devidas aos pecados que precisam ser remidas.
2) Por isso, não sabemos
exatamente a quantidade de missas a serem aplicadas como sufrágio pelo nosso
falecido.Mas é interessante recordar que mesmo que nosso familiar esteja já no
céu, outra(s) alma(s) que esteja(m) no purgatório se beneficiará(ão) das nossas
orações.
3) Por isso quanto mais orações
você fizer pela pessoa falecida (terços, adorações, missas celebradas) melhor
vai ser e ainda você pode cooperar para abreviar o tempo de purgatório de
outras pessoas (almas) que estejam no purgatório.
4) Em relação às missas de sétimo
dia, trigésimo dia e primeiro ano de falecimento tem origem no antigo ritual
romano de São Pio V. É que existia uma idéia do paganismo romano na qual se
acreditava que a alma ia se distanciando gradualmente do corpo como que em
estágios. O cristianismo absorveu este costume, “inculturando-o”, para lhe dar
um caráter cristão e tentar evangelizar a partir deste costume cultural.
5) No antigo Ritual da missa
havia orações próprias para essas datas. Faz algum tempo a Igreja Católica
suprimiu essas orações. Mas o costume está ainda bastante arraigado entre o
nosso povo. Desta forma você não precisa entrar em crise se o sétimo dia cair
num dia no qual você não consiga missa para rezar. Também se pode relativizar o
dia exato em que cai o sétimo dia. Bem como o dia do mês de falecimento.
6) Se você quiser fazer também no
dia exato não tem problema. O falecido não vai mais rápido para o céu por ter
rezado a missa de sétimo dia, ou de mês, ou de ano; mas vai mais rápido quanto
mais eu rezar por ele, em especial pela minha participação pessoal na santa
missa.
O importante é de fato a oração
pelos falecidos, especialmente se for a missa.
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Beraká: trazendo a verdade.
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